Alfabeto Turma da Mônica com textos


O buraco no Muro

O Buraco no Muro



“O buraco no muro” é o título de um vídeo que mostra uma experiência feita por uma empresa de alta tecnologia e que teve como idealizador e coordenador Sugata Mitra, chefe de pesquisa e desenvolvimento. Mitra alega que sempre se interessou pela educação e pela inclusão digital de crianças pobres, por isso criou o projeto “O buraco no muro”.

O projeto consiste em um computador, acoplado a uma parede e conectado à internet de alta velocidade, para que as crianças do lado de fora possam usá-lo e assim aprenderem sozinhas a manusear o aparelho e acessar a internet. As crianças que tiveram acesso ao computador, aprenderam em muito pouco tempo a mover o cursor e em seguida aprenderam cada vez mais. No fim das contas, já acessavam diversos sites sozinhas, realizavam leituras, brincavam com jogos, etc.

Um dos meninos que participou da experiência, Rogenderm foi o primeiro a aprender a utilizar a máquina e se destacou pela auto confiança adquirida após aprender sozinho a manusear o equipamento. Rogender definiu internet como “aquilo com que você pode fazer qualquer coisa”.
Mitra replicou este experimento em diversos pontos da Índia e os resultados obtidos foram semelhantes. Porém, Mitra solicitou aos pais das comunidades onde o projeto foi instalado, que deixassem com que as filhas pudessem utilizar o computador. Na Índia, uma em cada três mulheres são analfabetas.

“Se o ciberespaço for considerado um lugar, então há pessoas que já estão nele, e pessoas que não estão. E parece haver um consenso geral de que tal segregação entre “cibernéticos” e “não cibernéticos” é nociva e poderia causar uma divisão. O buraco no muro é como uma porta que se abre para a mudança nesse espaço.” Sugata Mitra


Lava a Mão - Galinha Pintadinha

Vídeo  produzido pela Galinha Pintadinha que ensina às crianças de forma divertida a importância de lavar as mãos antes de comer os alimentos, depois de ir ao banheiro e em outras situações…



Disponível emhttp://www.youtube.com/user/juptube  

O Papel da Escola e da Tecnologia na Sociedade

Paulo Freire & Seymour Papert, discussão realizada  em novembro de 1995. Via Biblioteca Digital Paulo Freire.
Sinopse
Discussão entre os educadores Paulo Freire e Seymour Papert sobre o papel da escola e da tecnologia na sociedade.
Ficha Técnica
Produção: Márcia Moreno e Marco Aurélio Del Rosso
Realização: TV PUCSP, Brasil, novembro 1995
Duração (total): 47’26”









Poema do Educador

POEMA DO EDUCADOR

Sala -de -aula, o quadro, o giz e as lembranças dos rostos e mentes que por ali passam e passaram...Educar sem dor, educar pelo prazer de transmitir o que aprendeu, educar sem dor, educar pelo prazer de estar com quem vai crescer e escolher seu destino...
Será utopia, será fantasia, gostar de ensinar e de aprender? Será devaneio, nos dias de hoje, querer repartir conhecimentos e, assim, de certa forma, alcançar a imortalidade?
Será que nossa tarefa de nada mais vale perante o saber do computador, será que nossos jovens não querem mais receber valores e a ética da vida, porque a esperteza e o poder estão nas ruas, estão nas esquinas sombrias?
Hoje, pais e filhos se desencontram e reclamam que a escola não os ajuda neste reencontrar. Hoje, pais e mestres dificilmente se aliam e, assim, fazem nascer mais um conflito em um mundo tão conflitante...
O que fazer para educar sem dor? Que novos caminhos devemos seguir, porque somos mestres e os mestres andam e procuram sempre.
O que fazer para educar sem dor? Que novo olhar devemos ter, porque somos mestres e a cegueira não pode ser nossa companheira, a missão falharia sem o saber, sem o desejo de conhecer.
Em um mundo repleto de questionamentos, talvez só nos reste, educadores que somos, aprender de novo o que é ensinar, sendo autênticos perante os mistérios desta era, tentando conhecer este aluno novo, que não recebe incentivo da vida para ser, apenas para ter.
Ser educa-dor é, talvez, ser útil de um novo jeito, é estar preparado para responder, antes da informação, qualquer pergunta que ensine crianças e jovens a serem mais humanos, pois de nada vale o saber se eu não aprender como usá-lo para o bem.
Ser educa-dor, hoje, talvez seja abandonar o plano de aula, se a realidade do sentimento estiver latente nas carteiras, é cuidar primeiro, é dar espaço, é ouvir para depois ensinar.
De repente, não é mais possível educar sem dor, sem ter que lidar com muitos obstáculos, mas é esta a nossa missão e ela já mora ao lado da coragem há muito tempo. Sempre foi assim o nosso caminhar...
De repente, está faltando uma aliança com o afeto, com a cumplicidade, com a troca e com a fé. E, neste momento, só o homem é capaz de interagir, superando a máquina, o livro e a corrupção.
Hoje, o papel do mestre é muito mais importante que antes. A sua presença é ainda mais necessária, porque "eles", crianças e jovens, nos chegam já descrentes da humanidade e de seus próprios direitos de viver com dignidade...
Sala -de -aula, o quadro, o giz e as lembranças dos rostos e mentes que por ali passam e passaram. A estrada ficou mais difícil e mais do que nunca o educador é um eterno aprendiz!

( SANDRA REGINA )